quarta-feira, novembro 07, 2007

Processo Disciplinar


Pois é, mais uma vez, sou alvo de um processo disciplinar. Para variar, foi convocada uma reunião, para ouvir as partes interessadas. O que é cómico, para além de marcarem a reunião em cima do almoço, é que uma das partes interessadas não compareceu, sem justificação, e a reunião foi realizada na mesma.


Citação:


Instauração do Processo Disciplinar
Presenciados que sejam ou participados os factos passíveis de constituírem infracção disciplinar, o Presidente do Conselho Executivo tem competência para instaurar o procedimento disciplinar, nomeando logo o instrutor, que deve ser um professor da Escola, salvo qualquer impedimento.

Tramitação do Procedimento Disciplinar
A instrução do procedimento disciplinar é reduzida a escrito e concluída no prazo máximo de cinco dias úteis, contados da data de nomeação do instrutor, sendo obrigatoriamente realizada, para além das demais diligências.


Aplica-se à audiência o disposto no artigo 102º do Código do Procedimento Administrativo, sendo os interessados convocados com a antecedência mínima de dois dias úteis.


Finda a instrução, o instrutor elabora relatório fundamentado, de que conste a qualificação do comportamento, a ponderação das circunstâncias atenuantes e agravantes da responsabilidade disciplinar, bem como a proposta de aplicação da medida disciplinar considerada adequada ou, em alternativa, a proposta de arquivamento do processo.


O relatório do instrutor é remetido ao Presidente do Conselho Executivo que, de acordo com a medida disciplinar a aplicar e as competências para tal, exerce por si o poder disciplinar ou convoca, para esse efeito, o Conselho de Turma disciplinar, que deve reunir no prazo máximo de dois dias úteis.


O procedimento disciplinar inicia-se e desenvolve-se com carácter de urgência, tendo prioridade sobre os demais procedimentos correntes da Escola.


_____________


Resumindo, é ridículo e vergonhoso, as partes interessadas, não serem todas ouvidas para o bom corrimento/seguimento do processo. Isto chega a atingir o auge de caricatura.


Adiante...


Citação:


A natureza secreta do processo


Nos termos do art.º 37.º do ED, o processo disciplinar tem natureza secreta até à acusação. O arguido pode, nesta fase, consultar o processo mas não o pode divulgar, pois se o fizer pode incorrer em novo processo disciplinar. Mas diz a lei que o instrutor pode indeferir este pedido de consulta do processo feito pelo arguido, desde que fundamente esta sua decisão. Pode, na verdade, fazer sentido indeferir. Mas só em casos em que haja o receio comprovado de o arguido poder vir perturbar a instrução do processo ou sonegar ou dificultar a obtenção da prova das infracções que lhe são imputadas. O carácter secreto do processo disciplinar até à notificação da acusação destina-se a proteger o êxito das investigações, em ordem a permitir o apuramento total dos factos susceptíveis de constituírem infracção disciplinar. Quando o arguido pode pôr em risco esta finalidade, então faz sentido não lhe facultar o processo para consulta. Mas este carácter secreto do processo, nesta fase, não exclui que o instrutor se socorra de peritos, ou de outros funcionários, que o auxiliem na investigação. O que se passa nestes casos, é que sobre estas pessoas passa a recair também o dever de sigilo que está referido neste normativo.

O que é mais ridículo é que me chega aos ouvidos que o professor iria à esquadra fazer queixa depois de ter lido a minha ocorrência dos factos (sim, como se pode constatar, os professores têm acesso ao que os alunos escrevem, e nós não ao que eles participam), por lhe ter chamado prepotente. Para quem não sabe, é o significado de "muito poderoso; muito influente. Quem tem preponderância. Que ou aquele que abusa do seu poder ou da sua autoridade; opressor despótico." E é mentira? O professor é aquela do "eu quero, posso e mando". Agora expliquem-me onde é que é motivo para ir fazer queixa à polícia, sem ser um grande golpe de orgulho. Mas onde é que isto já se viu? Coitadinhos dos professores, sentem-se ofendidos e depois vão chorar para casa e para a esquadra "o fulano tal chamou-me aquilo". E não o chamei directamente. Enfim. Risos.


Comunicação da instauração do processo à IGE
De acordo com o previsto no n.º 5 do art.º 115 e no n.º 4 do art.º 37.º, respectivamente, do ECD e do EPND, o despacho de instauração do procedimento disciplinar, deve, nos termos do n.º 1, ser imediatamente comunicado à respectiva delegação regional da IGE, à qual pode ser solicitado o apoio técnico-jurídico considerado necessário.


Como podem ler, tal como eu, imeditamente comunicado. Ora, tal não foi feito a meu ver. Ponto negativo aqui.


Informo também que lhe chamei arrogante, mais que uma vez. É lamentável que, como tenho dito, haja distorção dos factos, que tem descapitalizado e dado cabo de dezenas de alunos que foram porcamente e de uma forma suja e grosseira enganados pelos professores, que aliás continuam a fazer ilusionismo de uma forma que envergonha e faz corar Copperfield.

Chegou a ouvir coisas que são uma verdadeira fraude. Sim é verdade, o professor distorceu a verdade, e está e cada vez de dia para dia mais arrogante e mais inconsciente na sua droga que é o poder e por sua vez tem de acreditar que está a ficar velho. Para mentes assim só Tarrafais PIDE e muita pancadaria, para ver se desta vez aprendem alguma coisa. Caso para dizer levam levam, e adoram então levem mais que ainda é pouco. Humpf.


Não me vou prolongar mais, já tenho problemas que me cheguem, e se eu fôr castigado por mandar os livros de ponto voarem 15 metros (repare-se que das bancadas às balizas são meramente 6), assim como fazer voar cadeiras (a cadeira balança para trás, e acaba por ganhar asas), o professor, OBRIGATORIAMENTE, terá de ser punido também, por duvidar da minha hipóglicémia, gozar cinicamente, virando-me as costas, assim como a obrigar-me a fazer um exercício quando era alvo de cãimbras nas pernas.


Mais info em:



Over and out. É difícil descrever a antipatia que nutro por este (e outros) professor. Só para quem não sabe, trata-se de Luís Xarepe, e já o ano passado tinha problemas com o 12º6. Mas claro está, a culpa é sempre dos alunos.


Não percam o próximo episódio...

terça-feira, outubro 16, 2007

MSN


Pois é, quem já não ouviu falar do msn, essa grande epidemia que ataca todos nos últimos tempos, a situação é de tal maneira preocupante que eu, que nem faço a miníma ideia se os meus avós têm internet em casa, tenho 99,9% de certeza que ambos têm um mail para falar no msn. Calculo que deve até haver cães e gatos que possuem mail (note-se que esta afirmação carece da devida confirmação).


No entanto, no msn existe pessoas que realmente o utilizam, pessoas que até têm internet e tudo, no fundo gente de grande classe. Enganem-se aqueles que pensam que os utilizadores do msn são todos iguais. Não, muito pelo contrário, logo para começar é de referir que existe um tipo de utilizador que não percebeu o que os criadores queriam dizer com “indique o nome que os outros utilizadores irão ver” e “escreva uma mensagem pessoal”, este erro de interpertação originou que muitas vezes, eu esteja a falar com pessoas que se chamam, “Estou com dor de dentes”, "A fazer compras" ou algo parecido, acontece também muito falar com pessoa cujo nome se escreve com símbolos, tipo pessoal a rir ou chorar o que é no minimo duvidoso. Em relação ao verdadeiro local da frase parece-me que a maioria dos utilizadores a ignoram.


Outros dos utilizadores que eu gosto são aqueles que não conhecem a palavra coerência. É óbvio que eu estou a falar de toda a gente que se coloca no estado ausente, volto já ou em outro para o mesmo efeito e continua a manter conversas. Para lá da evidente demonstração de falta de coerência esta gente mostra também que não conhece minimamente a língua Portuguesa, o que se comprova quando se inicia com eles uma conversação. Mais genial ainda é aquela malta que está a ouvir música no estado ausente. Ora, eu queria dizer que o país está em crise financeira e não vale a pena ter a música a tocar para nínguém (a menos que eu esteja engando e ausente já não queira dizer “que não está presente / pessoa que abandonou o domícilio” e actualmente queira dizer “pessoa que está e não está se quiseres ela aparece mas se não quiseres tanto melhor” e neste caso, eu peço imensa desculpa. Ah já agora, alguém me explique como é que se passa de ausente para volto já (ou vice versa). Fica a pergunta.


Não pensem no entanto que a culpa disto é só dos utilizadores do msn, os criadores também são responsáveis, até porque foram eles que escreveram “A última mensagem foi recebida às 20:30 em 07-06-2007, e além disso não me parece sensato que os símbolos utilizados na versão Portuguesa sejam um relógio e um sinal de trânsito, é que isto são precisamente duas coisas que os Tugas nunca cumprem, nem sabem tão pouco o que é. . .



PS: Começa-me a parecer pouco inteligente colocar este texto aqui, isto se pensar que as poucas pessoas que o vão ler, são simultaneamente utilizadores do msn e bem capazes de cometer os pecados que eu enunciei, mas pronto é a vida, queixem-se nos comments ou à polícia. . .

quarta-feira, outubro 03, 2007

Governo investe 120 milhões em escolas


Verba será empregue na requalificação de mais 26 escolas do secundário

A ministra da educação anunciou dia 29/09 um investimento de 120 milhões de euros na requalificação de mais 26 escolas do ensino secundário, no âmbito do Programa de Modernização do Parque Escolar do Ensino Secundário, iniciado em Julho. Durante a cerimónia de assinatura do contrato-programa entre o Governo e a Parque Escolar, empresa pública responsável pelo controlo de custos do programa, na escola D. Dinis, em Lisboa, Maria de Lurdes Rodrigues anunciou que «estão em preparação mais 26 intervenções a serem iniciadas em Julho de 2008».

Estas intervenções, que correspondem a um investimento de 120 milhões de euros, terão como foco dez escolas em Lisboa (Passos Manuel, Gil Vicente, Josefa de Óbidos, Filipa de Lencastre, Pedro Nunes, Rainha Dona Amélia, D. Pedro V, Eça de Queirós, Pedro Alexandrino e Marquesa de Alorna) e quatro escolas no Porto (Carolina Micaelis, Aurélia de Sousa, Garcia de Horta e Cerco). As escolas Avelar Brotero (Coimbra), Sá de Miranda (Braga), D. Manuel I (Beja), Gabriel Pereira (Évora), Mouzinho da Silveira (Portalegre), Rocha Peixoto (Póvoa de Varzim), José Régio (Vila do Conde), João Gonçalves Zarco (Matosinhos), Manuel Gomes de Almeida (Espinho), António Sérgio (Vila Nova de Gaia) e secundária de Benavente e Penafiel, também serão abrangidas por este programa no decorrer do ano lectivo 2008/2009.

O Programa de Modernização do Parque Escolar do Ensino Secundário, apresentado em Março pelo Governo, visa a adopção de medidas e acções que invertam o progressivo estado de degradação e desactualização dos estabelecimentos destinados ao ensino secundário. O programa prevê a intervenção em 330 escolas até ao final do ano de 2015, num investimento total de 940 milhões de euros (sim, quase 1 bilião de €€). Até à data foram iniciadas quatro intervenções piloto, em quatro em escolas, duas no Porto (Rodrigues de Freitas e Soares dos Reis) e duas em Lisboa (D. Dinis e Pólo de Educação e Formação D. João de castro), com um investimento estimado de 34,2 milhões de euros, estando prevista a conclusão das obras no início do ano lectivo 2008/2009.

No seu discurso, a ministra da Educação destacou a «fase adiantada das obras» nestas quatro escolas, garantindo que as novas instalações serão inauguradas no «início do próximo ano lectivo». «O trabalho está a ser feito de forma célere, mas tranquila», declarou Maria de Lurdes Rodrigues, sublinhando que «era urgente proporcionar melhores condições de ensino e aprendizagem». «As escolas estão a procurar, ainda que sem condições, responder às necessidades de qualificação da população portuguesa», pelo que o trabalho que os estabelecimentos de ensino estão a desenvolver é um «exemplo para o país». O modelo de gestão adoptado estipula a contratualização em conjunto das operações de construção, de conservação e de manutenção por um período de dez anos. O contrato de manutenção e de conservação será gerido em conjunto com as escolas. No modelo de contratação para projecto, gestão e fiscalização serão seleccionadas empresas ou consórcios de empresas por concurso público internacional para lotes de obras, com valor global estimado de 25/30 milhões de euros.

O financiamento do programa é assegurado pelo financiamento comunitário, com um valor global de 354 milhões de euros para o período 2007/2015, pelas comparticipações do Programa de Investimentos e Despesas de Desenvolvimento da Administração Central (PIDDAC), por financiamento bancário e por outras comparticipações do Estado.

E Em Alvide?

A escola não está propriamente a cair, nem cheia de pré fabricados, mas faz frio no Inverno e calor no Verão. Coberturas de amianto por todo o lado, pavimentos alcatroados tipo estradas de portugal (ricos €€ em alcatrão), os computadores não correspondem às necessidades, para alugar os portáteis é preciso marcar com antecedência tipo consulta para oftalmologia. Uma coisa se aproveita, os professores que fazem do ensino o seu modo de vida, não os engenheiros e doutores (doutoras também) que têm gabinetes e vão dar umas horitas ao secundário, e que por isso têm que descarregar matéria, para compensarem as aulas que faltam. Na escola, agora com 5º ano, é uma vergonha. Não há auxiliares de educação em número suficiente para os alunos, funcionários para o ginásio idem aspas, e deram prioridade às fardas.
As condições nesta escola não são tão más, porque o Paulo Portas, foi fazer uma visita à escola, assim como o Júlio Isidro na apresentação da rádio. Passados meses a escola está na mesma, ao contrário com a escola de outro sítio que tem quase tudo e onde a ministra foi lá fazer a acção de propaganda dizendo que os professores têm de trabalhar mais e passar todas as criancinhas mesmo essas não sabendo o necessário para passar. É triste.

quinta-feira, maio 10, 2007

Prké quels scrvm axim? *


A Internet trouxe uma nova forma de expressão e, com isso, os adolescentes criaram uma linguagem muito própria, repleta de abreviaturas, que alarma muitos pais. Encarregados de educação e professores dizem que os alunos já não distinguem quando devem ou não escrever assim.

Afinal, o que se anda a passar pela cabeça de professores, pais e juventude em geral, para terem deixado a "língua de Camões" chegar ao estado a que chegou?Onde se nota mais esta praga do século XXI, é nos frequentadores assíduos de IRC. Isto faz sentido, pois no IRC, o que antes era feito para encurtar o tempo que se demorava a escrever, tomou uma nova dimensão, tornou-se moda e parece até conferir estatuto social, a julgar pela quantidade de gente que hoje em dia escreve tão depressa e mal.Poucas são as pessoas que escrevem assim no IRC, conseguem escrever correctamente noutro contexto. Sim, porque isto parece um vírus que vai alastrando assustadoramente. Isto é, para além de escreverem assim no IRC, escrevem da mesma forma seja num e-mail para um amigo ou num fórum de discussão, seja num comentário deixado online para todos lerem. Provavelmente só não escrevem assim nos trabalhos escolares que são para os professores verem, porque em outras ocasiões...Ficam "cegos" com o vício de escrever neste calão cibernáutico, pois já não conseguem distinguir o correcto do errado ? Ou será que simplesmente não se preocupam com esta questão, declinando a sua condição de cidadãos portugueses, deixando-se "clonar" por estilos e formas de comportamento estereotipados, justificando a sua rendição a uma moda com um simples «porque me dá mais jeito» ou porque assim é que é "ssebem" (ex-tásse bem)?Eu também dou erros como toda a gente, não sou nenhum escritor exímio. A diferença está no modo como olho para os meus erros. Eu tento evitá-los e corrigi-los, ao passo que a maior parte do pessoal parece tentar duplicá-los...

Todos contra a nova Gramática


Não se entende como poderemos passar de conceitos simples e facilmente assimiláveis para conceitos que são mais complexos, critica a CONFAP, num comunicado. A título de exemplo, a confederação aponta casos de palavras como «paciência», actualmente classificada como nome comum abstracto e que passa a designar-se por nome não contável e não massivo na nova terminologia, ou «peixe-espada», que passa de palavra composta por justaposição a composto morfo-sintáctico coordenado. Desconhece-se em que medida a introdução da TLEBS permite um aumento de conhecimentos e competências dos alunos, e critica-se a falta de recursos pedagógicos e de formação dos professores. Deixem-se de ideias avançadas e deixem ficar a gramática à moda antiga, que está muito bem.Se os alunos com a gramática à moda antiga é o que se vê, quanto mais com a nova gramática que é tão complexa. Já temos modernices a mais, não queiram agora que o "simplex" chegue, também, à gramática, era só o que faltava para nos embrutecer cada vez mais.
Quer queiram quer não, a nova terminologia não adianta nada em relação à anterior. Bem pelo contrário: não resolve algumas lacunas existentes e vem complicar o que já estava resolvido. Para além disso, a gramática, que se quer organizadora e estruturante da língua deve ter regras e processos de classificação claros, lógicos e consensuais. Nada disso se verifica. Não é consensual, não é clara, tem erros científicos e não se justifica. Piorar não vale a pena.
Esta praga de aracnídeos quer tornar as gerações passadas, de uma penada, num montão de analfabetos. A nova gramática, com as designações de arrepiar... é um verdadeiro xurrilho de disparates... os seus mentores devem fazer urgentemente um tratamento do foro psiquiátrico. São doidos...ou então um mata-moscas...Valha-nos São Jerónimo.

Cambada de hipócritas

É simples: a disciplina e a educação nas nossas escolas desceu a um nível que, toda a gente sabe, são o pior local em que as crianças (bem) educadas podem estar, e que mais deturpa a educação que trouxeram de casa. Digo isto, porque há aqui comentários de pessoas responsáveis e civilizadas, preocupadas com os valores, a cultura e a educação. O sentimento de impunidade (posso fazer o que quiser, ninguém me fará nada), o facto de não aceitar as regras da escola, sair de lá analfabeto e sem qualquer tipo de qualificação e ainda por cima a pensar que pode fazer o que lhe apetecer, é a génese do banditismo que vemos pelas nossas ruas. Destrói-se tudo, com sprays, borram-se, as paredes de palavrões, destrói-se sinalização, riscam-se carros, assaltam-se vivendas, organizam-se os arrastões, etc, etc, porque antes puderam agredir verbal e fisicamente, professores, colegas, funcionários e ficaram impunes?

Enfim, e ainda parecem ser uns "atrevidotes" a dizer que simpatizam com eles? (desde que não sejam?.) Cresçam primeiro. Ponham os pés na terra. Acordem. Se fossem aquilo que, mentindo, dizem ser, eu estaria preocupado porque era de esperar que o país estivesse a ser enganado ao pagar-lhe para estar a educar, quando estava a gerar uns tantos discípulos com as suas ideias. Ora, aí estão os «efeitos factuais» (expressão que não tem sentido, a menos que «efeito» seja sinónimo de: causa, origem, suporte, base, sustentáculo).

domingo, fevereiro 25, 2007

Kiosk


Aqui fica o comprovativo de que a escola adoptou um sistema informático pouco fiável.

Nos termos dos conceitos do sistema SIGE (Sistema Integrado de Gestão de Escolas) que a nossa escola tem, é referenciado que comprar a senha de almoço no próprio dia da refeição, é aplicada uma multa. Para tal não acontecer, compra-se no dia anterior. Ora, de sábado para segunda vão DOIS dias. Agora não me digam que não sei contar os dias da semana... =S

Enfim, assim continuamos por cá, e com a escola a chular e a roubar os alunos com estas... falta-me a palavra :X

quarta-feira, fevereiro 14, 2007

Grau de instrução dos pais e aulas até as 5

Com todo o respeito que me merece a profissão de professor, que me merece muita, os que merecem, como é evidente, pois em todas as profissões há os que e os que não que, com todo o direito à greve a que têm direito, pois claro que sim e nem ponho em dúvida, tenho, no entanto, uma pequena nota a fazer, muito pequena mesmo, nada de importante, como é evidente.

O próximo professor que me vier com a conversa que os papéis se inverteram, que falta isto, falta aquilo, que o aluno é fulano do tal, e que tem de "tomar conta do menino até às 5, e que nós é que temos culpa, isto porque se queixaram do transtorno que lhes causou a greve, lembro que esses péssimos professores, que depositam a matéria como um saco, e não gostam de permanecer na escola até "tão tarde" etc. etc., os alunos não vão rodar polegares a seguir. E que, realmente antigamente não era assim, mas os tempos mudam...

E que, leiam bem, nem só a profissão de professor é merdosa.
Façam lá as greves todas que quiserem, mas não me venham para cima de nós e dos nossos pais. Isso de generalizar a rica vidinha dos pais é a mesma merda que eu generalizar a rica vidinha dos professores. (Sim, a directora de turma a pedir o grau de instrução dos nossos pais... Onde já se viu? Só para distinguir que aquele é filho do pedreiro e o outro é filho do advogado...(?)

Quem não diz (porque será?), para o professor consta como analfabeto. Realmente, eu (e muitos pais, se calhar) é que não estou para me chatear.

É claro que as generalizações são sempre injustas, partam de quem partirem. As dos pais contra os professores, as dos professores contra os pais (que mesmo sendo pais têm o privilégio de ter horários compatíveis com a escola dos filhos, ..!)

A mim o que me chateia é mesmo a atitude corporativista de uma classe que se queixa sempre de tudo. Eu conheço escolas que funcionam muito bem e outras que funcionam mal. A lei é igual para todas. Quem faz as escolas é quem as habita. E os bons professores fazem boas escolas e os maus fazem más escolas.

Agora, um protesto contra a medida do Governo em ter as escolas abertas até às cinco e meia da tarde, note-se, não é até às sete, é até às cinco e meia, porque não são amas e o caraças, pá, irrita-me.

Irrita-me que sejam uns queixinhas de merda e ainda por cima não percebam e critiquem quem tem de trabalhar mais horas que eles e que por isso, ao contrário deles, não tenha a disponibilidade que deseja para os filhos.

Quando pais e professores passarem a pensar nas crianças, pode ser que tudo melhore.


Nunca ouvi professores preocupados com os alunos (devem existir, mas no meio da confusão, de poucos que devem ser, não se ouvem).

Parece-me que a ministra também não se preocupa com os alunos (não sei, parece-me).
Alguns pais, talvez, também não se preocupem e os despejem nas escolas (ou então, não têm horário de funcionário público e trabalham em empresas onde sair às 6 é um mito urbano).

Esta sensação (que me fica) de que o que querem é não fazer nenhum, que gostam de ser uns calimeros é que é me deixa cada vez mais incomodado.
Assim, de repente, parecem-me os próprios alunos (a pensar nos seus umbigos e nas suas baldas sem nunca medir a importância que a educação tem para o futuro deles e do país).

Não consigo concordar com os professores, por mais voltas que dê! Não estão a conseguir "ensinar-nos" quais os verdadeiros problemas das escolas e a importância daquilo por que lutam (expliquem melhor, sff).

Talvez sejam apenas maus professores, embora cheios de razão (e por isso, injustamente, chumbam no exame da opinião pública)?

Formação... (?)

Em primeiro lugar concordo em absoluto com o facto da contagem do tempo de serviço não servir para progredir na carreira. Quanto a mim esse foi sempre o grande cancro do ensino e mesmo da função pública. As pessoas não devem ser promovidas por antiguidade, as pessoas devem ser promovidas por competência!

Os professores têm que se situar no tempo, lidando com as actuais normas de ensino, e não com as de há 15 anos atrás. É lamentável ter professores assim; não digo só professores, mas funcionários, em que mais de metade não deve ter a quarta classe. Depois não percebo como a justificação de certas ausências por parte de professores é sempre a mesma: "Acções de Formação" (!). Se é formação, sinceramente, não a consigo ver, porque está visto que muitos alunos têm mais instrução e formação que os professores.

É o que eu digo: Esta gente ainda julga que os professores são instrumentos do antigo regime. É exactamente esta geração (de 60) que de prosápia em prosápia tem uma visão de escola do seu tempo de estudante (no tempo da ditadura). Ora hoje as coisas ( já passaram 30 anos - com mais 18 farão 48) são completamente diferentes! Os tempos mudaram, a realidade da escola não é esta (de leccionar como antigamente), e portanto o que se diz não serve para ajuizarmos das vantagens/desvantagens actuais dos professores. A única base de análise válida, acho eu, é ponderarmos se servem ou não uma melhor avaliação dos mesmos, tanto no sentido da equidade como no de aferir com mais rigor os conteúdos dessas aprendizagens/leccionagens.

Lágrimas não são argumentos.

Para terminar, parece-me absolutamente doentio o timing que sempre foi escolhido nos últimos anos por parte dos professores. Fazer greves precisamente nos momentos decisivos da vida de um aluno, como são os exames que podem dar acesso à universidade, parece-me indecente e de uma falta de respeito atroz.

(Esta geração ainda não percebeu que tem estado a arruinar o futuro das gerações que lhes vão pagar a reforma..)