quinta-feira, junho 24, 2010

Morte de um homem mau

Texto recolhido no blog Portugalclub, da autoria de António de Oliveira Martins e que reflecte de forma eloquente a nossa postura perante a morte de Saramago. Não podemos deixar de lamentar a diferença de tratamento dada pela imprensa relativamente à morte de João Aguiar, cuja obra foi maioritariamente pedagógica em termos sociais, enquanto a obra de Saramago não passou de um longo e pretensioso exercício de narcisismo intelectual. É igualmente lamentável o silêncio quase total em volta da morte do Poeta politicamente incorrecto, Couto Viana



Morreu um homem amargo e mau, incapaz de sorrir, que se esforçava por tornar a sua Pátria amarga, como ele.
José Saramago, era de facto um homem mau. Provava-o a sua cara vincada incapaz de exprimir um sorriso, prova-o a sua escrita prenhe de ódio e crítica aos valores mais normais e caros à civilização que o viu nascer, valores esses que ele, com as suas ideias, suas declarações e sua obra, renegou em Lanzarote. Será que no fundo, Saramago, para além do seu marcado azedume e soberba, tinha valores? Nunca o saberemos.

Repito, José Saramago era um homem mau. Que o digam os seus colegas, que em pleno período revolucionário foram vítimas de saneamentos selvagens. O homem, nessa época, tinha o “estribo nos dentes”, e era imparável algoz como sub-director do Diário de Notícias. Tinha por desporto arruinar a vida de quem não era comunista como ele.
Foram 87 anos de infecundidade, travestida de um aparente sucesso, revelado pelos livros que vendeu, e pela matreira estratégia de marketing que o conduziu ao Prémio Nobel, em detrimento de outros escritores Lusos, genuinamente com mais categoria e menos maldade crónica do que ele. Penso, por exemplo, no insuspeito Torga.

Tentei ler dois livros dessa personagem, para com honestidade poder dizer que, para além de não gostar dele como pessoa, o não considerava como um bom escritor, e que ofendia na sua essência a cultura Cristã da nossa Grei. Consegui apenas ler um, e o início de outro. A sua escrita, para além de ser incorrecta, era amarga como as cascas dos limões mais amargos. A sua originalidade era, afinal, o sinistro das suas ideias; o que, convenhamos, é pouco original. É mais fácil ser sinistro, provocador e mau, do que ter categoria, e valor. Saramago optou pelo mau caminho, como sempre, o mais fácil. E teve aparentemente sorte, na Terra, que a eternidade pouco lhe reservará.

Fiquei contente quando ameaçou (apenas ameaçou, porque na realidade a sua vaidade não lho permitia praticar), nunca mais pisar solo Pátrio. Uma figura como ele, é melhor estar longe da Pátria que em má hora o viu nascer. Afinal de que serve a este Portugal destroçado, um Iberistra convicto, ainda para mais, estalinista? Teria ficado bem por essas ilhas perdidas de Espanha, não fosse uma série de lacaios da cultura dominante “chorarem” por ele, por aqui por terras lusas, alimentando-lhe a sua profunda soberba.

Para além da sua obra escrita, de qualidade duvidosa e brilhantemente catapultada por apuradas técnicas comerciais que lhe conseguiram um Prémio Nobel da Literatura, (prémio com cada vez menos prestígio devido à carga política que contém), nada deixou em herança, para além de certamente muito dinheiro, o que é um contra censo para um qualquer estalinista como ele. Mas a sua existência foi um perfeito logro. Foi uma existência desnecessária.

Saramago afastou-se da Pátria, e estou certo de que a Pátria, no seu todo mais puro, que não no folclore da “inteligentzia”, não teve saudades dele. Foi uma bandeira da esquerda ortodoxa, e também da esquerda ambígua, essa do Primeiro-Ministro que nos desgoverna. Dessa mesma esquerda que decidiu usar o nosso dinheiro, para trazer em avião da Força Aérea Portuguesa, os seus restos inanimados para Portugal, a expensas de todos nós, e infamemente coberto com a Bandeira Nacional. Um Iberista, coberto com a Bandeira Nacional, que Saramago ofendeu vezes incontáveis, na essência da sua obra, e no veneno das suas declarações públicas. Era um relapso. Um indesejável.
Um homem que voluntariamente se afastou da sua Pátria, comentando-a de uma forma negativa no Estrangeiro, não é digno de nela entrar cadáver, coberto com a sua Bandeira. A bandeira de Saramago, era a do ódio, da arrogância, e da maldade praticada.

Mas os símbolos Nacionais estão hoje nas mãos de quem estão, e a representação das “vontades” Nacionais, está subordinada a quem está: à esquerda, tão sinistra como foi Saramago. Assim sendo, as homenagens que lhe fazem, incluindo os exagerados e ilegítimos dois dias de Luto Nacional, valem o que valem, e são apenas um acto de pura “camaradagem”, na verdadeira acepção da palavra. Quem nos desgoverna, pode cometer as maiores atrocidades, que ao povo profundo só resta pagar, e calar. Até ver.

Amanhã, Saramago mergulhará pela terceira vez nas chamas. A primeira, terá sido quando nasceu, e ao longo de toda a sua vida, retrato que foi de ódio e maldade pela sua imagem espelhados e espalhados; a segunda, terá sido quando o seu corpo ficou irremediavelmente inanimado, e estou certo de que entrou no Inferno, a confraternizar com o seu amigo Satanás; a terceira, amanhã, será quando o seu corpo inerte e sem alma, entrar para ser definitivamente destruído, no Crematório do Alto de S. João.

Será um maravilhoso e completo Auto de Fé. O Homem e a sua obra venenosa, serão queimados definitivamente nas chamas da terra, que nas da eternidade já o foram no dia em que morreu.
De Saramago recordaremos um homem que não sabia rir, que gostava certamente muito de dinheiro, e que o terá ganho, que era mau e vaidoso, e que o provou ao longo da sua vida, que quis viver longe da sua Pátria por a ela não saber ter amor, e que foi homenageado por meia dúzia de palhaços esquerdistas, “compagnons de route” coniventes com um dos últimos fósseis estalinistas, que ilustrava uma forma de estar na vida e na política sem alma, amoral, e que globalmente contribuiu para a destruição de toda uma Pátria, e suas tradições.

Ocorreu ontem, quando soube que este cavalheiro de triste figura tinha morrido, que estaria por certo no inferno, sentado com Rosa Coutinho, também lá entrado há poucos dias, à espera de Mário Soares e Almeida Santos, para os quatro juntos jogarem uma animada e bem “quente” partida de sueca…
O País está mais limpo. Um dos maiores expoentes do ódio e da maldade, desapareceu da superfície da Terra. Espero que a Casa dos Bicos, um dia possa ter melhor função, do que albergar a memória de tão pérfida personagem. As suas letras, estou certo de que cairão no esquecimento, ao contrário das de Camões, Torga ou Pessoa, entre muitos outros.

Apesar de tudo, e porque sou Católico (e porque a raiva não é pecado), que Deus tenha compaixão de tão grande pobreza, mas que se lembre fundamentalmente de nós , de todos os Portugueses íntegros que tentamos sobreviver com dificuldade, neste Portugal governado pelos amigalhaços do extinto, que apesar do luto em que fingem estar, mas que na verdade não sabem viver, continuam a todo o custo a viver o enorme bacanal que arruína Portugal…
No fundo, no fundo, e porque as palavras as leva o vento, que Deus tenha piedade de tão grande pobreza! Cabe-nos perdoar. Mas não temos que esquecer!

António de Oliveira Martins – Lisboa

segunda-feira, junho 08, 2009

Memorial do Convento e Exame Nacional


Pois bem, o Exame Nacional de Português está à porta (dia 16), e venho aqui apenas deixar uma pergunta no ar: até que ponto é que esta obra (Memorial do Convento) poderá servir de base para o exame? A falta de pontuação e o desrespeito por regras gramaticas que são mais que vistas durante a obra, se forem "aplicadas" no exame, é descontado?


Vejamos, por exemplo, o seguinte trecho de José Saramago, em Memorial do Convento: "Quando Blimunda acorda, estende a mão para o saquitel onde costuma guardar o pão, pendurado à cabeceira, e acha apenas o lugar. Tacteia o chão, a enxerga, mete as mãos por baixo da travesseira, e então ouve Baltasar dizer, Não procures mais, não encontrarás, e ela, cobrindo os olhos com os punhos cerrados implora, Dá-me o pão, Baltasar, dá-me o pão, por alma de quem lá tenhas, Primeiro me terás de dizer que segredos são estes, Não posso, gritou ela, e bruscamente tentou rolar para fora da enxerga, mas Sete - Sóis deitou-lhe o braço são, prendeu-a pela cintura, ela debateu-se brava, depois passou-lhe a perna direita por cima ..."

Pergunto: porque é que o discurso directo não é precedido de travessão, em diferente parágrafo?
Já agora, porque é que também não grafam minúscula, após a vírgula, mesmo tratando-se de discurso directo?


Quando li Memorial do Convento, dei comigo quase com dificuldades de respiração uma vez que, sem pontuação, e interiorizadas técnicas de leitura, o texto avançava debaixo dos meus olhos sem me dar tréguas. Custou-me, sim tive dificuldade em aceitar... esta liberdade linguística.

Pela minha experiência, tenho dificuldades em lidar com os "atropelos" gramaticais (não por achar que a língua seja um organismo estático... porque não o é...) porque numa sala de aula a abordagem da estrutura da língua surge (é inevitável para uma relação forma/conteúdo) e perante jovens curiosos que contestam, muitas vezes, o uso da prosódia, mas que os programas contemplam (a correcção dos exames nacionais prevê cotação... ou falta dela... para "punir" exactamente isso - ex.: uso indevido da vírgula entre o sujeito e o predicado ou ainda entre este e o complemento directo...) fica-se um pouco à toa... isto é, diz-se-lhes que as regras são estas... mas depois diz-se-lhes também que um escritor usa a sua liberdade, que quebra as regras, uma vez que um escritor, como tal, deverá exactamente quebrar "status quo", ser marginal, numa palavra, ser incómodo e não estar "engagé" com o sistema! A sagacidade dos jovens é cruel...:) dizem: " Pois... mas ele é Prémio Nobel.." e alguém responde:" Pois...." Mas encarando a produção literária como uma forma de arte, que o é, devemos estar abertos a diferentes formas quer a nível sintáctico quer a nível semântico, só assim o Homem se liberta de amarras.

Já sei que os engraçadinhos já estão a piscar o olho, danadinhos de gozo, a dizer que aquilo foi escrito para ser lido por pessoas inteligentes! Mas, enfim, eu sou como sou e, provavelmente, o Criador, na hora de distribuir argúcia, sabedoria, ter-se-á distraído e esqueceu-se de uns quantos... A verdade é que o achei intragável e, francamente, cheguei ao fim sem ter percebido patavina. Cada página transformara-se, para mim, num sacrifício. Como disse, chegava-me a faltar o ar. E, em anóxia, eu não consigo raciocinar!

Eu compreendo perfeitamente que as coisas devem obedecer a um mínimo de regras sob risco de deixarem de ser elas mesmas, e aceito até um meio - termo ou compromisso, entre o gramaticamente correcto e aquilo que não é gramaticamente correcto.
Haverá assim que distinguir entre aqueles que não utilizam as regras e disso fazem alarde, como se do rompimento das regras, por si, resultasse forçosamente alguma coisa de bom e aqueles que rompem as regras porque algumas delas são mesmo anacrónicas ou não se adaptam àquilo que se pretende.
A forma e conteúdo vivendo num grau de interdependência nunca poderão ser limitativos um do outro, sob risco de cristalização. Ora, o mundo corre tão depressa que já temos alguma dificuldade em aparar-lhe as inovações e as descobertas. Mais difícil ainda se torna a causa quando se pretende que essas inovações sejam aparadas de uma maneira específica e não da forma que elas vêm.
É assim como que aparar com um cesto de vime uma chuva repentina.


Só resta saber se, os alunos escreverem "à la Saramago", serão punidos com cotação aqui e ali, ou serão considerados novos artistas.

quarta-feira, novembro 12, 2008

Avaliação? Sim, sff


Já sabemos de antemão que alguns discursos, são sobejamente conhecidos e altamente eruditos e cheios de toda a pontuação e mais alguma. Eu sou o inverso, escrevo fora de horas, nada de jeito... Enfim, por vezes está tudo dito, não é preciso acrescentar mais nada. Profissionais "empurrados" para o ensino são todos os profissionais que se formaram em uma qualquer profissão que vão leccionar mas que, como as suas habilitações lhes permitem, recorrem ao ensino por falta de saídas nas suas próprias àreas. Exemplifico: Designers a dar aulas de Desenho; formados em Letras a dar aulas de Português; Arquitectos a dar aulas de Geometria Descritiva; etc, etc...São profissionais qualificados, ninguém lhes tira mérito, mas não tiveram a fundamental componente pedagógica... e isso faz com que as suas capacidades de leccionar nem sempre sejam as melhores.Os Professores, a meu ver, merecem muito respeito, mas respeito é uma palavra que muitas das nossas crianças e muitos dos nossos jovens mal conhecem!Os valores básicos, os princípios que devem ser incutidos pelos Encarregados de Educação perderam-se algures.Todo o modelo da Sociedade em que vivemos devia ser revisto, não só o modelo de avaliação dos Professores. Alguns (professores) deviam aproveitar e levar também algumas lições de educação... Se bem me recordo, vi professores em plena televisão a serem do mais mal educado para com a Senhora ministra. Não deram aos seus alunos uma imagem edificante. Pareciam carroceiros, para quem a ofensa vale tudo. Então onde está a educação? Só serve para os alunos?
Avaliação é uma ferramenta fundamental em qualquer área profissional.Se se sentem lesados com o modelo de avaliação em curso é natural que protestem.Agora virem falar da falta de motivação dos alunos é outra conversa.Há muitos "professores" que são o espelho de falta de motivação. Profissionais de áreas especializadas que são "empurrados" para o ensino por falta de saídas profissionais nas suas próprias áreas. Pessoas com qualificações sim, mas não para leccionar.Pessoas sem formação pedagógica, frustradas por terem tido que recorrer ao ensino, pessoas que entretanto estão a ocupar o lugar de quem realmente se formou para ensinar!Este é um aspecto que devia ser regulamentado, para "seleccionar" de forma mais correcta os Professores deste País.Outro aspecto relevante é o que se refere aos Pais, os Encarregados de Educação, que ultimamente parece que se esquecem que é a eles que cabe a tarefa de educar.

terça-feira, fevereiro 19, 2008

Fenprof convoca manifestação nacional


A Federação Nacional dos Professores (Fenprof) agendou para 8 de Março, em Lisboa, uma manifestação nacional contra a política educativa do Governo e os «reiterados ataques à escola pública e aos docentes», informa a agência Lusa.

O secretário-geral da Fenprof anunciou que a «Marcha da Indignação» arrancará do Marquês de Pombal às 14h30, seguindo depois para a Assembleia da República, local onde se realizará um plenário de professores. «Até ao final do ano lectivo poderão acontecer outras manifestações, greves ou vigílias. Este será um momento muito forte da luta dos professores mas não será o último», garantiu Mário Nogueira, acrescentando esperar a presença de «milhares» de docentes.

Questionado se, no final do plenário, poderá ser agendada uma greve nacional, à semelhança do que aconteceu na última manifestação de professores, o responsável respondeu que isso depende da vontade dos docentes e da atitude do Ministério da Educação (ME).

A 8 de Março, os docentes vão manifestar-se sob os lemas «Assim não se pode ser professor» e «A escola pública não aguenta mais esta política», frases que se poderão ler em cartazes, faixas, bandeiras ou t-shirts.

E é assim que os professores andam "ocupados" na escola em acções de formação... :)

quarta-feira, novembro 07, 2007

Processo Disciplinar


Pois é, mais uma vez, sou alvo de um processo disciplinar. Para variar, foi convocada uma reunião, para ouvir as partes interessadas. O que é cómico, para além de marcarem a reunião em cima do almoço, é que uma das partes interessadas não compareceu, sem justificação, e a reunião foi realizada na mesma.


Citação:


Instauração do Processo Disciplinar
Presenciados que sejam ou participados os factos passíveis de constituírem infracção disciplinar, o Presidente do Conselho Executivo tem competência para instaurar o procedimento disciplinar, nomeando logo o instrutor, que deve ser um professor da Escola, salvo qualquer impedimento.

Tramitação do Procedimento Disciplinar
A instrução do procedimento disciplinar é reduzida a escrito e concluída no prazo máximo de cinco dias úteis, contados da data de nomeação do instrutor, sendo obrigatoriamente realizada, para além das demais diligências.


Aplica-se à audiência o disposto no artigo 102º do Código do Procedimento Administrativo, sendo os interessados convocados com a antecedência mínima de dois dias úteis.


Finda a instrução, o instrutor elabora relatório fundamentado, de que conste a qualificação do comportamento, a ponderação das circunstâncias atenuantes e agravantes da responsabilidade disciplinar, bem como a proposta de aplicação da medida disciplinar considerada adequada ou, em alternativa, a proposta de arquivamento do processo.


O relatório do instrutor é remetido ao Presidente do Conselho Executivo que, de acordo com a medida disciplinar a aplicar e as competências para tal, exerce por si o poder disciplinar ou convoca, para esse efeito, o Conselho de Turma disciplinar, que deve reunir no prazo máximo de dois dias úteis.


O procedimento disciplinar inicia-se e desenvolve-se com carácter de urgência, tendo prioridade sobre os demais procedimentos correntes da Escola.


_____________


Resumindo, é ridículo e vergonhoso, as partes interessadas, não serem todas ouvidas para o bom corrimento/seguimento do processo. Isto chega a atingir o auge de caricatura.


Adiante...


Citação:


A natureza secreta do processo


Nos termos do art.º 37.º do ED, o processo disciplinar tem natureza secreta até à acusação. O arguido pode, nesta fase, consultar o processo mas não o pode divulgar, pois se o fizer pode incorrer em novo processo disciplinar. Mas diz a lei que o instrutor pode indeferir este pedido de consulta do processo feito pelo arguido, desde que fundamente esta sua decisão. Pode, na verdade, fazer sentido indeferir. Mas só em casos em que haja o receio comprovado de o arguido poder vir perturbar a instrução do processo ou sonegar ou dificultar a obtenção da prova das infracções que lhe são imputadas. O carácter secreto do processo disciplinar até à notificação da acusação destina-se a proteger o êxito das investigações, em ordem a permitir o apuramento total dos factos susceptíveis de constituírem infracção disciplinar. Quando o arguido pode pôr em risco esta finalidade, então faz sentido não lhe facultar o processo para consulta. Mas este carácter secreto do processo, nesta fase, não exclui que o instrutor se socorra de peritos, ou de outros funcionários, que o auxiliem na investigação. O que se passa nestes casos, é que sobre estas pessoas passa a recair também o dever de sigilo que está referido neste normativo.

O que é mais ridículo é que me chega aos ouvidos que o professor iria à esquadra fazer queixa depois de ter lido a minha ocorrência dos factos (sim, como se pode constatar, os professores têm acesso ao que os alunos escrevem, e nós não ao que eles participam), por lhe ter chamado prepotente. Para quem não sabe, é o significado de "muito poderoso; muito influente. Quem tem preponderância. Que ou aquele que abusa do seu poder ou da sua autoridade; opressor despótico." E é mentira? O professor é aquela do "eu quero, posso e mando". Agora expliquem-me onde é que é motivo para ir fazer queixa à polícia, sem ser um grande golpe de orgulho. Mas onde é que isto já se viu? Coitadinhos dos professores, sentem-se ofendidos e depois vão chorar para casa e para a esquadra "o fulano tal chamou-me aquilo". E não o chamei directamente. Enfim. Risos.


Comunicação da instauração do processo à IGE
De acordo com o previsto no n.º 5 do art.º 115 e no n.º 4 do art.º 37.º, respectivamente, do ECD e do EPND, o despacho de instauração do procedimento disciplinar, deve, nos termos do n.º 1, ser imediatamente comunicado à respectiva delegação regional da IGE, à qual pode ser solicitado o apoio técnico-jurídico considerado necessário.


Como podem ler, tal como eu, imeditamente comunicado. Ora, tal não foi feito a meu ver. Ponto negativo aqui.


Informo também que lhe chamei arrogante, mais que uma vez. É lamentável que, como tenho dito, haja distorção dos factos, que tem descapitalizado e dado cabo de dezenas de alunos que foram porcamente e de uma forma suja e grosseira enganados pelos professores, que aliás continuam a fazer ilusionismo de uma forma que envergonha e faz corar Copperfield.

Chegou a ouvir coisas que são uma verdadeira fraude. Sim é verdade, o professor distorceu a verdade, e está e cada vez de dia para dia mais arrogante e mais inconsciente na sua droga que é o poder e por sua vez tem de acreditar que está a ficar velho. Para mentes assim só Tarrafais PIDE e muita pancadaria, para ver se desta vez aprendem alguma coisa. Caso para dizer levam levam, e adoram então levem mais que ainda é pouco. Humpf.


Não me vou prolongar mais, já tenho problemas que me cheguem, e se eu fôr castigado por mandar os livros de ponto voarem 15 metros (repare-se que das bancadas às balizas são meramente 6), assim como fazer voar cadeiras (a cadeira balança para trás, e acaba por ganhar asas), o professor, OBRIGATORIAMENTE, terá de ser punido também, por duvidar da minha hipóglicémia, gozar cinicamente, virando-me as costas, assim como a obrigar-me a fazer um exercício quando era alvo de cãimbras nas pernas.


Mais info em:



Over and out. É difícil descrever a antipatia que nutro por este (e outros) professor. Só para quem não sabe, trata-se de Luís Xarepe, e já o ano passado tinha problemas com o 12º6. Mas claro está, a culpa é sempre dos alunos.


Não percam o próximo episódio...

terça-feira, outubro 16, 2007

MSN


Pois é, quem já não ouviu falar do msn, essa grande epidemia que ataca todos nos últimos tempos, a situação é de tal maneira preocupante que eu, que nem faço a miníma ideia se os meus avós têm internet em casa, tenho 99,9% de certeza que ambos têm um mail para falar no msn. Calculo que deve até haver cães e gatos que possuem mail (note-se que esta afirmação carece da devida confirmação).


No entanto, no msn existe pessoas que realmente o utilizam, pessoas que até têm internet e tudo, no fundo gente de grande classe. Enganem-se aqueles que pensam que os utilizadores do msn são todos iguais. Não, muito pelo contrário, logo para começar é de referir que existe um tipo de utilizador que não percebeu o que os criadores queriam dizer com “indique o nome que os outros utilizadores irão ver” e “escreva uma mensagem pessoal”, este erro de interpertação originou que muitas vezes, eu esteja a falar com pessoas que se chamam, “Estou com dor de dentes”, "A fazer compras" ou algo parecido, acontece também muito falar com pessoa cujo nome se escreve com símbolos, tipo pessoal a rir ou chorar o que é no minimo duvidoso. Em relação ao verdadeiro local da frase parece-me que a maioria dos utilizadores a ignoram.


Outros dos utilizadores que eu gosto são aqueles que não conhecem a palavra coerência. É óbvio que eu estou a falar de toda a gente que se coloca no estado ausente, volto já ou em outro para o mesmo efeito e continua a manter conversas. Para lá da evidente demonstração de falta de coerência esta gente mostra também que não conhece minimamente a língua Portuguesa, o que se comprova quando se inicia com eles uma conversação. Mais genial ainda é aquela malta que está a ouvir música no estado ausente. Ora, eu queria dizer que o país está em crise financeira e não vale a pena ter a música a tocar para nínguém (a menos que eu esteja engando e ausente já não queira dizer “que não está presente / pessoa que abandonou o domícilio” e actualmente queira dizer “pessoa que está e não está se quiseres ela aparece mas se não quiseres tanto melhor” e neste caso, eu peço imensa desculpa. Ah já agora, alguém me explique como é que se passa de ausente para volto já (ou vice versa). Fica a pergunta.


Não pensem no entanto que a culpa disto é só dos utilizadores do msn, os criadores também são responsáveis, até porque foram eles que escreveram “A última mensagem foi recebida às 20:30 em 07-06-2007, e além disso não me parece sensato que os símbolos utilizados na versão Portuguesa sejam um relógio e um sinal de trânsito, é que isto são precisamente duas coisas que os Tugas nunca cumprem, nem sabem tão pouco o que é. . .



PS: Começa-me a parecer pouco inteligente colocar este texto aqui, isto se pensar que as poucas pessoas que o vão ler, são simultaneamente utilizadores do msn e bem capazes de cometer os pecados que eu enunciei, mas pronto é a vida, queixem-se nos comments ou à polícia. . .

quarta-feira, outubro 03, 2007

Governo investe 120 milhões em escolas


Verba será empregue na requalificação de mais 26 escolas do secundário

A ministra da educação anunciou dia 29/09 um investimento de 120 milhões de euros na requalificação de mais 26 escolas do ensino secundário, no âmbito do Programa de Modernização do Parque Escolar do Ensino Secundário, iniciado em Julho. Durante a cerimónia de assinatura do contrato-programa entre o Governo e a Parque Escolar, empresa pública responsável pelo controlo de custos do programa, na escola D. Dinis, em Lisboa, Maria de Lurdes Rodrigues anunciou que «estão em preparação mais 26 intervenções a serem iniciadas em Julho de 2008».

Estas intervenções, que correspondem a um investimento de 120 milhões de euros, terão como foco dez escolas em Lisboa (Passos Manuel, Gil Vicente, Josefa de Óbidos, Filipa de Lencastre, Pedro Nunes, Rainha Dona Amélia, D. Pedro V, Eça de Queirós, Pedro Alexandrino e Marquesa de Alorna) e quatro escolas no Porto (Carolina Micaelis, Aurélia de Sousa, Garcia de Horta e Cerco). As escolas Avelar Brotero (Coimbra), Sá de Miranda (Braga), D. Manuel I (Beja), Gabriel Pereira (Évora), Mouzinho da Silveira (Portalegre), Rocha Peixoto (Póvoa de Varzim), José Régio (Vila do Conde), João Gonçalves Zarco (Matosinhos), Manuel Gomes de Almeida (Espinho), António Sérgio (Vila Nova de Gaia) e secundária de Benavente e Penafiel, também serão abrangidas por este programa no decorrer do ano lectivo 2008/2009.

O Programa de Modernização do Parque Escolar do Ensino Secundário, apresentado em Março pelo Governo, visa a adopção de medidas e acções que invertam o progressivo estado de degradação e desactualização dos estabelecimentos destinados ao ensino secundário. O programa prevê a intervenção em 330 escolas até ao final do ano de 2015, num investimento total de 940 milhões de euros (sim, quase 1 bilião de €€). Até à data foram iniciadas quatro intervenções piloto, em quatro em escolas, duas no Porto (Rodrigues de Freitas e Soares dos Reis) e duas em Lisboa (D. Dinis e Pólo de Educação e Formação D. João de castro), com um investimento estimado de 34,2 milhões de euros, estando prevista a conclusão das obras no início do ano lectivo 2008/2009.

No seu discurso, a ministra da Educação destacou a «fase adiantada das obras» nestas quatro escolas, garantindo que as novas instalações serão inauguradas no «início do próximo ano lectivo». «O trabalho está a ser feito de forma célere, mas tranquila», declarou Maria de Lurdes Rodrigues, sublinhando que «era urgente proporcionar melhores condições de ensino e aprendizagem». «As escolas estão a procurar, ainda que sem condições, responder às necessidades de qualificação da população portuguesa», pelo que o trabalho que os estabelecimentos de ensino estão a desenvolver é um «exemplo para o país». O modelo de gestão adoptado estipula a contratualização em conjunto das operações de construção, de conservação e de manutenção por um período de dez anos. O contrato de manutenção e de conservação será gerido em conjunto com as escolas. No modelo de contratação para projecto, gestão e fiscalização serão seleccionadas empresas ou consórcios de empresas por concurso público internacional para lotes de obras, com valor global estimado de 25/30 milhões de euros.

O financiamento do programa é assegurado pelo financiamento comunitário, com um valor global de 354 milhões de euros para o período 2007/2015, pelas comparticipações do Programa de Investimentos e Despesas de Desenvolvimento da Administração Central (PIDDAC), por financiamento bancário e por outras comparticipações do Estado.

E Em Alvide?

A escola não está propriamente a cair, nem cheia de pré fabricados, mas faz frio no Inverno e calor no Verão. Coberturas de amianto por todo o lado, pavimentos alcatroados tipo estradas de portugal (ricos €€ em alcatrão), os computadores não correspondem às necessidades, para alugar os portáteis é preciso marcar com antecedência tipo consulta para oftalmologia. Uma coisa se aproveita, os professores que fazem do ensino o seu modo de vida, não os engenheiros e doutores (doutoras também) que têm gabinetes e vão dar umas horitas ao secundário, e que por isso têm que descarregar matéria, para compensarem as aulas que faltam. Na escola, agora com 5º ano, é uma vergonha. Não há auxiliares de educação em número suficiente para os alunos, funcionários para o ginásio idem aspas, e deram prioridade às fardas.
As condições nesta escola não são tão más, porque o Paulo Portas, foi fazer uma visita à escola, assim como o Júlio Isidro na apresentação da rádio. Passados meses a escola está na mesma, ao contrário com a escola de outro sítio que tem quase tudo e onde a ministra foi lá fazer a acção de propaganda dizendo que os professores têm de trabalhar mais e passar todas as criancinhas mesmo essas não sabendo o necessário para passar. É triste.