Em primeiro lugar concordo em absoluto com o facto da contagem do tempo de serviço não servir para progredir na carreira. Quanto a mim esse foi sempre o grande cancro do ensino e mesmo da função pública. As pessoas não devem ser promovidas por antiguidade, as pessoas devem ser promovidas por competência!
Os professores têm que se situar no tempo, lidando com as actuais normas de ensino, e não com as de há 15 anos atrás. É lamentável ter professores assim; não digo só professores, mas funcionários, em que mais de metade não deve ter a quarta classe. Depois não percebo como a justificação de certas ausências por parte de professores é sempre a mesma: "Acções de Formação" (!). Se é formação, sinceramente, não a consigo ver, porque está visto que muitos alunos têm mais instrução e formação que os professores.
É o que eu digo: Esta gente ainda julga que os professores são instrumentos do antigo regime. É exactamente esta geração (de 60) que de prosápia em prosápia tem uma visão de escola do seu tempo de estudante (no tempo da ditadura). Ora hoje as coisas ( já passaram 30 anos - com mais 18 farão 48) são completamente diferentes! Os tempos mudaram, a realidade da escola não é esta (de leccionar como antigamente), e portanto o que se diz não serve para ajuizarmos das vantagens/desvantagens actuais dos professores. A única base de análise válida, acho eu, é ponderarmos se servem ou não uma melhor avaliação dos mesmos, tanto no sentido da equidade como no de aferir com mais rigor os conteúdos dessas aprendizagens/leccionagens.
Lágrimas não são argumentos.
Para terminar, parece-me absolutamente doentio o timing que sempre foi escolhido nos últimos anos por parte dos professores. Fazer greves precisamente nos momentos decisivos da vida de um aluno, como são os exames que podem dar acesso à universidade, parece-me indecente e de uma falta de respeito atroz.
(Esta geração ainda não percebeu que tem estado a arruinar o futuro das gerações que lhes vão pagar a reforma..)
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