Um especialista norte-americano em Educação desafiou esta quinta-feira Portugal a criar uma campanha nacional contra a violência verbal, física e social praticada reiteradamente entre alunos, que nos EUA afecta entre 20 e 58 por cento dos estudantes, escreve a Lusa.
O comportamento agressivo e intencional de alunos mais velhos, fortes ou populares sobre colegas mais novos e com menos popularidade, vítimas de rejeição social, insultos diários e até maus tratos físicos, é um fenómeno conhecido como «bullying», que foi hoje tema de uma conferência em Lisboa.
De acordo com o especialista Allan Beane, esta forma de violência é cada vez mais comum nas escolas norte-americanas e constitui já uma das principais causas de absentismo escolar, levando mais de 160 mil alunos a faltar diariamente às aulas, com medo.
Os rapazes são os principais praticantes do «bullying» directo, ameaçando fisicamente, empurrando ou batendo em colegas mais fracos, enquanto as raparigas preferem o «bullying» social, caracterizado pelas ofensas, pela humilhação, disseminação de boatos maldosos e rejeição de outros alunos.
Esta última forma de violência é também cada vez mais frequente, encontrando na Internet um dos seus palcos preferenciais, nomeadamente através da difamação de colegas em sites, com publicação de fotografias e vídeos, referiu o especialista.
Os sinais de alarme
Humilhadas e intimidadas diariamente, as vítimas de «bullying» sofrem de uma baixa auto-estima, de ansiedade e depressão, um sofrimento emocional que muitas vezes substituem por sentimentos profundos de raiva, ódio e vingança, que já motivaram 37 tiroteios em escolas norte-americanas.
A mudança repentina na assiduidade e no desempenho escolar, perda de apetite, sintomas físicos como dores de cabeça e de barriga, pesadelos, quebra de auto-estima e súbitas mudanças de humor são, segundo Allan Beane, alguns dos principais sinais evidenciados pelas vítimas, a que pais e professores devem estar alerta.
E em Portugal?
Contactado pela agência Lusa, o director do Observatório para a Segurança Escolar, João Sebastião, afirmou que não existem em Portugal dados precisos sobre este tipo de violência e questionou a importação do conceito de «bullying» para a realidade portuguesa.
«Tenho largas dúvidas sobre esse conceito porque ele, basicamente, inclui tudo. É tão abrangente que se torna muito indefinido e acaba por dizer pouco, além de que não é sensível às diferenças culturais», referiu o responsável.
«Se [o conceito] for aplicado genericamente, então concluímos que todas as escolas são campos de batalha. No recreio, os alunos passam a vida a chamar nomes uns aos outros e agredidos e agressores alternam muito. A situação não é linear», acrescentou.
5 comentários:
Palhaço(a) isso é coisa q se fala da minha escola. Eu como aluno se soubesse quem és tavas tramado
Vou apresentar esta merda ao conselho executivo, para mandar investigar.
És uma vergonha.
Wulfric, aposto q tas a morrer d medo.. x'D LOOOL Q cromo, meu! Bjinho =) **
Ser anónimo é ser cobarde. Quem não deve não teme.
E falo o que quiser sobre a escola, ninguém me proibe. Não são os anónimos que me impedem de tal coisa.
Até me fazes um grande favor em apresentar ao conselho executivo, pode ser que realmente a escola mude. Mas adverte-se que já vais tarde, logo no segundo dia que isto foi criado, já sabiam.
Tenho que pensar nuns panfletos e numas t-shirts a fazer publicidade do blog.
E tramado porquê? Ameaças consistentes e não deficientes, SFF.
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