quinta-feira, novembro 09, 2006
E assim vai o nosso país
Em 1° lugar há algo que deve ser dito que é simplesmente a verdade de tudo o que gera estas situações e em que há vítimas, neste caso o aluno. E porque é que o aluno é vítima? Porque é o produto final numa cadeia em que a matéria prima está defeituosa ou mal orientada. Quero com isto dizer que o sistema de educação é um desastre em tudo. Começa na forma como se colocam professores e se fazem deslocar essas mesmas pessoas no País sem olhar a quê nem a quem. Esta só por si é uma questâo a contornar pelo agente de ensino. Não é fácil estar a kms de casa a trabalhar e saber que o ordenado é todo para a viagem. Depois pede-se, ou melhor, exije-se que esta mesma pessoa seja o psicólogo do aluno e isso por si só é impossível. Começemos por dar aos professores algo que se lhes possa exijir no futuro que será calma e força de vontade, apostando em pôr o professor numa situação de relevo nesta cadeia e não fazendo dele mais uma vítima. Depois há uma coisa que se chama vida social que os pais nâo têm e que se resume a casa-trabalho e trabalho-casa. Onde está a paciência depois de um dia de trabalho, filas de trânsito, contas para pagar, ordenados esticados, nível de vida a baixar, custo de vida consequentemente a subir, onde está? Não existe. Simplesmente há aqui verdades que fazem deitar por terra todas as esperanças num futuro melhor a longo prazo sem que os problemas básicos sejam resolvidos. Só vejo uma solucçâo e mesmo essa pode ter alguns casos menos soluccionáveis que tem a ver com a santidade mental dos alunos. Aí os pais poderiam ao menos dizer aos filhos para definitivamente tentarem crescer um bocado, já que o tempo para se sentarem no sofá e conversarem é um luxo. Ah, há outra coisa que pode ser soluccionável que é tentar dar cursos de formaçâo aos pais sobre a melhor forma de se entenderem com os filhos; sim, porque há pais que preferem abster-se de ter problemas com eles do que com os professores, estes não lhes são nada, por isso é mais fácil. E muito mais haveria para dizer. O que digo no final é que o respeito conquista-se e não é imposto. Quem não se dá ao respeito não o pode exijir. Sirva o barrete a quem o quizer. E assim vai o meu (nosso?) país.
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