domingo, fevereiro 25, 2007
Kiosk
Aqui fica o comprovativo de que a escola adoptou um sistema informático pouco fiável.
Nos termos dos conceitos do sistema SIGE (Sistema Integrado de Gestão de Escolas) que a nossa escola tem, é referenciado que comprar a senha de almoço no próprio dia da refeição, é aplicada uma multa. Para tal não acontecer, compra-se no dia anterior. Ora, de sábado para segunda vão DOIS dias. Agora não me digam que não sei contar os dias da semana... =S
Enfim, assim continuamos por cá, e com a escola a chular e a roubar os alunos com estas... falta-me a palavra :X
quarta-feira, fevereiro 14, 2007
Grau de instrução dos pais e aulas até as 5
Com todo o respeito que me merece a profissão de professor, que me merece muita, os que merecem, como é evidente, pois em todas as profissões há os que e os que não que, com todo o direito à greve a que têm direito, pois claro que sim e nem ponho em dúvida, tenho, no entanto, uma pequena nota a fazer, muito pequena mesmo, nada de importante, como é evidente.
O próximo professor que me vier com a conversa que os papéis se inverteram, que falta isto, falta aquilo, que o aluno é fulano do tal, e que tem de "tomar conta do menino até às 5, e que nós é que temos culpa, isto porque se queixaram do transtorno que lhes causou a greve, lembro que esses péssimos professores, que depositam a matéria como um saco, e não gostam de permanecer na escola até "tão tarde" etc. etc., os alunos não vão rodar polegares a seguir. E que, realmente antigamente não era assim, mas os tempos mudam...
E que, leiam bem, nem só a profissão de professor é merdosa.
Façam lá as greves todas que quiserem, mas não me venham para cima de nós e dos nossos pais. Isso de generalizar a rica vidinha dos pais é a mesma merda que eu generalizar a rica vidinha dos professores. (Sim, a directora de turma a pedir o grau de instrução dos nossos pais... Onde já se viu? Só para distinguir que aquele é filho do pedreiro e o outro é filho do advogado...(?)
Quem não diz (porque será?), para o professor consta como analfabeto. Realmente, eu (e muitos pais, se calhar) é que não estou para me chatear.
É claro que as generalizações são sempre injustas, partam de quem partirem. As dos pais contra os professores, as dos professores contra os pais (que mesmo sendo pais têm o privilégio de ter horários compatíveis com a escola dos filhos, ..!)
A mim o que me chateia é mesmo a atitude corporativista de uma classe que se queixa sempre de tudo. Eu conheço escolas que funcionam muito bem e outras que funcionam mal. A lei é igual para todas. Quem faz as escolas é quem as habita. E os bons professores fazem boas escolas e os maus fazem más escolas.
Agora, um protesto contra a medida do Governo em ter as escolas abertas até às cinco e meia da tarde, note-se, não é até às sete, é até às cinco e meia, porque não são amas e o caraças, pá, irrita-me.
Irrita-me que sejam uns queixinhas de merda e ainda por cima não percebam e critiquem quem tem de trabalhar mais horas que eles e que por isso, ao contrário deles, não tenha a disponibilidade que deseja para os filhos.
Quando pais e professores passarem a pensar nas crianças, pode ser que tudo melhore.
Nunca ouvi professores preocupados com os alunos (devem existir, mas no meio da confusão, de poucos que devem ser, não se ouvem).
Parece-me que a ministra também não se preocupa com os alunos (não sei, parece-me).
Alguns pais, talvez, também não se preocupem e os despejem nas escolas (ou então, não têm horário de funcionário público e trabalham em empresas onde sair às 6 é um mito urbano).
Esta sensação (que me fica) de que o que querem é não fazer nenhum, que gostam de ser uns calimeros é que é me deixa cada vez mais incomodado.
Assim, de repente, parecem-me os próprios alunos (a pensar nos seus umbigos e nas suas baldas sem nunca medir a importância que a educação tem para o futuro deles e do país).
Não consigo concordar com os professores, por mais voltas que dê! Não estão a conseguir "ensinar-nos" quais os verdadeiros problemas das escolas e a importância daquilo por que lutam (expliquem melhor, sff).
Talvez sejam apenas maus professores, embora cheios de razão (e por isso, injustamente, chumbam no exame da opinião pública)?
O próximo professor que me vier com a conversa que os papéis se inverteram, que falta isto, falta aquilo, que o aluno é fulano do tal, e que tem de "tomar conta do menino até às 5, e que nós é que temos culpa, isto porque se queixaram do transtorno que lhes causou a greve, lembro que esses péssimos professores, que depositam a matéria como um saco, e não gostam de permanecer na escola até "tão tarde" etc. etc., os alunos não vão rodar polegares a seguir. E que, realmente antigamente não era assim, mas os tempos mudam...
E que, leiam bem, nem só a profissão de professor é merdosa.
Façam lá as greves todas que quiserem, mas não me venham para cima de nós e dos nossos pais. Isso de generalizar a rica vidinha dos pais é a mesma merda que eu generalizar a rica vidinha dos professores. (Sim, a directora de turma a pedir o grau de instrução dos nossos pais... Onde já se viu? Só para distinguir que aquele é filho do pedreiro e o outro é filho do advogado...(?)
Quem não diz (porque será?), para o professor consta como analfabeto. Realmente, eu (e muitos pais, se calhar) é que não estou para me chatear.
É claro que as generalizações são sempre injustas, partam de quem partirem. As dos pais contra os professores, as dos professores contra os pais (que mesmo sendo pais têm o privilégio de ter horários compatíveis com a escola dos filhos, ..!)
A mim o que me chateia é mesmo a atitude corporativista de uma classe que se queixa sempre de tudo. Eu conheço escolas que funcionam muito bem e outras que funcionam mal. A lei é igual para todas. Quem faz as escolas é quem as habita. E os bons professores fazem boas escolas e os maus fazem más escolas.
Agora, um protesto contra a medida do Governo em ter as escolas abertas até às cinco e meia da tarde, note-se, não é até às sete, é até às cinco e meia, porque não são amas e o caraças, pá, irrita-me.
Irrita-me que sejam uns queixinhas de merda e ainda por cima não percebam e critiquem quem tem de trabalhar mais horas que eles e que por isso, ao contrário deles, não tenha a disponibilidade que deseja para os filhos.
Quando pais e professores passarem a pensar nas crianças, pode ser que tudo melhore.
Nunca ouvi professores preocupados com os alunos (devem existir, mas no meio da confusão, de poucos que devem ser, não se ouvem).
Parece-me que a ministra também não se preocupa com os alunos (não sei, parece-me).
Alguns pais, talvez, também não se preocupem e os despejem nas escolas (ou então, não têm horário de funcionário público e trabalham em empresas onde sair às 6 é um mito urbano).
Esta sensação (que me fica) de que o que querem é não fazer nenhum, que gostam de ser uns calimeros é que é me deixa cada vez mais incomodado.
Assim, de repente, parecem-me os próprios alunos (a pensar nos seus umbigos e nas suas baldas sem nunca medir a importância que a educação tem para o futuro deles e do país).
Não consigo concordar com os professores, por mais voltas que dê! Não estão a conseguir "ensinar-nos" quais os verdadeiros problemas das escolas e a importância daquilo por que lutam (expliquem melhor, sff).
Talvez sejam apenas maus professores, embora cheios de razão (e por isso, injustamente, chumbam no exame da opinião pública)?
Formação... (?)
Em primeiro lugar concordo em absoluto com o facto da contagem do tempo de serviço não servir para progredir na carreira. Quanto a mim esse foi sempre o grande cancro do ensino e mesmo da função pública. As pessoas não devem ser promovidas por antiguidade, as pessoas devem ser promovidas por competência!
Os professores têm que se situar no tempo, lidando com as actuais normas de ensino, e não com as de há 15 anos atrás. É lamentável ter professores assim; não digo só professores, mas funcionários, em que mais de metade não deve ter a quarta classe. Depois não percebo como a justificação de certas ausências por parte de professores é sempre a mesma: "Acções de Formação" (!). Se é formação, sinceramente, não a consigo ver, porque está visto que muitos alunos têm mais instrução e formação que os professores.
É o que eu digo: Esta gente ainda julga que os professores são instrumentos do antigo regime. É exactamente esta geração (de 60) que de prosápia em prosápia tem uma visão de escola do seu tempo de estudante (no tempo da ditadura). Ora hoje as coisas ( já passaram 30 anos - com mais 18 farão 48) são completamente diferentes! Os tempos mudaram, a realidade da escola não é esta (de leccionar como antigamente), e portanto o que se diz não serve para ajuizarmos das vantagens/desvantagens actuais dos professores. A única base de análise válida, acho eu, é ponderarmos se servem ou não uma melhor avaliação dos mesmos, tanto no sentido da equidade como no de aferir com mais rigor os conteúdos dessas aprendizagens/leccionagens.
Lágrimas não são argumentos.
Para terminar, parece-me absolutamente doentio o timing que sempre foi escolhido nos últimos anos por parte dos professores. Fazer greves precisamente nos momentos decisivos da vida de um aluno, como são os exames que podem dar acesso à universidade, parece-me indecente e de uma falta de respeito atroz.
(Esta geração ainda não percebeu que tem estado a arruinar o futuro das gerações que lhes vão pagar a reforma..)
Os professores têm que se situar no tempo, lidando com as actuais normas de ensino, e não com as de há 15 anos atrás. É lamentável ter professores assim; não digo só professores, mas funcionários, em que mais de metade não deve ter a quarta classe. Depois não percebo como a justificação de certas ausências por parte de professores é sempre a mesma: "Acções de Formação" (!). Se é formação, sinceramente, não a consigo ver, porque está visto que muitos alunos têm mais instrução e formação que os professores.
É o que eu digo: Esta gente ainda julga que os professores são instrumentos do antigo regime. É exactamente esta geração (de 60) que de prosápia em prosápia tem uma visão de escola do seu tempo de estudante (no tempo da ditadura). Ora hoje as coisas ( já passaram 30 anos - com mais 18 farão 48) são completamente diferentes! Os tempos mudaram, a realidade da escola não é esta (de leccionar como antigamente), e portanto o que se diz não serve para ajuizarmos das vantagens/desvantagens actuais dos professores. A única base de análise válida, acho eu, é ponderarmos se servem ou não uma melhor avaliação dos mesmos, tanto no sentido da equidade como no de aferir com mais rigor os conteúdos dessas aprendizagens/leccionagens.
Lágrimas não são argumentos.
Para terminar, parece-me absolutamente doentio o timing que sempre foi escolhido nos últimos anos por parte dos professores. Fazer greves precisamente nos momentos decisivos da vida de um aluno, como são os exames que podem dar acesso à universidade, parece-me indecente e de uma falta de respeito atroz.
(Esta geração ainda não percebeu que tem estado a arruinar o futuro das gerações que lhes vão pagar a reforma..)
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