quarta-feira, novembro 15, 2006

Sabem o que é o bullying?

Um especialista norte-americano em Educação desafiou esta quinta-feira Portugal a criar uma campanha nacional contra a violência verbal, física e social praticada reiteradamente entre alunos, que nos EUA afecta entre 20 e 58 por cento dos estudantes, escreve a Lusa.
O comportamento agressivo e intencional de alunos mais velhos, fortes ou populares sobre colegas mais novos e com menos popularidade, vítimas de rejeição social, insultos diários e até maus tratos físicos, é um fenómeno conhecido como «bullying», que foi hoje tema de uma conferência em Lisboa.

De acordo com o especialista Allan Beane, esta forma de violência é cada vez mais comum nas escolas norte-americanas e constitui já uma das principais causas de absentismo escolar, levando mais de 160 mil alunos a faltar diariamente às aulas, com medo.

Os rapazes são os principais praticantes do «bullying» directo, ameaçando fisicamente, empurrando ou batendo em colegas mais fracos, enquanto as raparigas preferem o «bullying» social, caracterizado pelas ofensas, pela humilhação, disseminação de boatos maldosos e rejeição de outros alunos.

Esta última forma de violência é também cada vez mais frequente, encontrando na Internet um dos seus palcos preferenciais, nomeadamente através da difamação de colegas em sites, com publicação de fotografias e vídeos, referiu o especialista.

Os sinais de alarme

Humilhadas e intimidadas diariamente, as vítimas de «bullying» sofrem de uma baixa auto-estima, de ansiedade e depressão, um sofrimento emocional que muitas vezes substituem por sentimentos profundos de raiva, ódio e vingança, que já motivaram 37 tiroteios em escolas norte-americanas.

A mudança repentina na assiduidade e no desempenho escolar, perda de apetite, sintomas físicos como dores de cabeça e de barriga, pesadelos, quebra de auto-estima e súbitas mudanças de humor são, segundo Allan Beane, alguns dos principais sinais evidenciados pelas vítimas, a que pais e professores devem estar alerta.

E em Portugal?

Contactado pela agência Lusa, o director do Observatório para a Segurança Escolar, João Sebastião, afirmou que não existem em Portugal dados precisos sobre este tipo de violência e questionou a importação do conceito de «bullying» para a realidade portuguesa.

«Tenho largas dúvidas sobre esse conceito porque ele, basicamente, inclui tudo. É tão abrangente que se torna muito indefinido e acaba por dizer pouco, além de que não é sensível às diferenças culturais», referiu o responsável.

«Se [o conceito] for aplicado genericamente, então concluímos que todas as escolas são campos de batalha. No recreio, os alunos passam a vida a chamar nomes uns aos outros e agredidos e agressores alternam muito. A situação não é linear», acrescentou.

quinta-feira, novembro 09, 2006

Trabalhem...!

Epá, estes gajos ( Professores ) deviam era trabalhar em vez de protestar que é para isso que lhes pagam...

O Coq é que tem razão, se são assim tão bons têm medo de ser avaliados porquê? Não passam de uns meninos mimados que andam a comer à conta do orçamento que na sua maioria nem sequer sabem ensinar... É só Baixas e mais Baixas a mamar os meus (salvo seja) descontos...
Relativamente ao que se anda aí a dizer que os privados têm inveja dos Funcionários Públicos... bem na volta alguns dos privados até tentaram entrar na Função Pública mas como não têm um primo com o nome de Cunha lá dentro, acabaram no privado a pagar as vaidades dos da Função Pública. Faço eu uma outra questão, se a Função Pública está assim tão descontente com o Estado porque não vão para o privado?

Resposta: No privado efectivamente TÊM DE TRABALHAR! No privado TÊM EFECTIVAMENTE DE SER AVALIADOS! No privado não existe tempo para brincadeiras. Trabalha-se! (Granda Coq!)

"Rua com estes parasitas! Com estes e com todos os sanguesugas da Função Pública, o melhor para os melhores, os piores RUA!"

Finalmente alguem meteu a mão na massa daí ter sido a maior manifestação desde o 25 de Abril.

Avaliação dos professores

- Será que todos os professores têm que chegar ao topo da carreira? Seriam a única classe em que isso acontece... olhem para o resto da função pública e para as empresas em geral.
- Aulas de substituição: Quem querem os professores que substitua as suas próprias faltas? A PSP? A GNR? O padeiro da esquina? Não é óbvio que deverão ser os professores a sustentar o sistema e as falhas que nele provocam?

- Avaliação: Mas, se são assim tão bons como apregoam, porque temem os professores a avaliação? Talvez por não estarem habituados... é bom que se habituem.

Resumindo: Se os professores são das melhores coisinhas que por cá temos, vamos então destacar os melhores. Parece-me que o medo é que se descubra que, afinal, há muitos que não são mesmo nada de especial (há quanto tempo não dá aulas a maioria esmagadora dos dirigentes sindicais dos professores? :)

E assim vai o nosso país

Em 1° lugar há algo que deve ser dito que é simplesmente a verdade de tudo o que gera estas situações e em que há vítimas, neste caso o aluno. E porque é que o aluno é vítima? Porque é o produto final numa cadeia em que a matéria prima está defeituosa ou mal orientada. Quero com isto dizer que o sistema de educação é um desastre em tudo. Começa na forma como se colocam professores e se fazem deslocar essas mesmas pessoas no País sem olhar a quê nem a quem. Esta só por si é uma questâo a contornar pelo agente de ensino. Não é fácil estar a kms de casa a trabalhar e saber que o ordenado é todo para a viagem. Depois pede-se, ou melhor, exije-se que esta mesma pessoa seja o psicólogo do aluno e isso por si só é impossível. Começemos por dar aos professores algo que se lhes possa exijir no futuro que será calma e força de vontade, apostando em pôr o professor numa situação de relevo nesta cadeia e não fazendo dele mais uma vítima. Depois há uma coisa que se chama vida social que os pais nâo têm e que se resume a casa-trabalho e trabalho-casa. Onde está a paciência depois de um dia de trabalho, filas de trânsito, contas para pagar, ordenados esticados, nível de vida a baixar, custo de vida consequentemente a subir, onde está? Não existe. Simplesmente há aqui verdades que fazem deitar por terra todas as esperanças num futuro melhor a longo prazo sem que os problemas básicos sejam resolvidos. Só vejo uma solucçâo e mesmo essa pode ter alguns casos menos soluccionáveis que tem a ver com a santidade mental dos alunos. Aí os pais poderiam ao menos dizer aos filhos para definitivamente tentarem crescer um bocado, já que o tempo para se sentarem no sofá e conversarem é um luxo. Ah, há outra coisa que pode ser soluccionável que é tentar dar cursos de formaçâo aos pais sobre a melhor forma de se entenderem com os filhos; sim, porque há pais que preferem abster-se de ter problemas com eles do que com os professores, estes não lhes são nada, por isso é mais fácil. E muito mais haveria para dizer. O que digo no final é que o respeito conquista-se e não é imposto. Quem não se dá ao respeito não o pode exijir. Sirva o barrete a quem o quizer. E assim vai o meu (nosso?) país.